seus olhos são bagos inertes
que encolhidos buscam o fundo
esbugalham-se para germinar
rasgam as retinas e brotam
fazem-se raiz e caule
flores e frutos
seus olhos são sementes tristes
que mal se aquecem sob a terra
esse corpo franzino e fala fraca
causam-me comoção e quase reclamam
o trono que já era seu
antes mesmo que nascesse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário