quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ensinou-me os paraísos

em todos os sentidos
aguçou minhas sensibilidades
debulhou imprecisas possibilidades
foi-se sem aviso
dilacerar novos seres...

e no negro da noite
esperei por ti
reinventei-te
em tragos descomunais
porções de haxixe
campos de papoulas...

e no negro da noite
entreguei-me a outros braços
a outros vícios
quis-me paraíso narciso
com cipós brotando nas narinas
seus olhos habitando minha vagina...

e no negro de meu ser
seu sexo ereto em minha boca
o martírio de vitórias-regias
em meus olhos
acordo sozinha
vazia de nós.

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