domingo, 14 de novembro de 2010

éter/ mater/ fêmea

quando redescobrirem meu valor fêmeo
quando voltarem-se para o sentido mater
hei de entenderem a postura do mundo
como quem desnuda o natural, o signo Magno
da VIDA

sou mulher-terra que nasceu para doar-se
sua colheita vem de meus rasgos
de meu calor silencioso
inteira e plena doou-me
até esgotar-me

eis meu sentido de renovação
da terra à terra e amanheço a cada dia
como a esperança de quem sabe de onde tirar

enquanto quiser meu peito
mesmo que cansada e faminta
ainda darei de mamar

enquanto quiser meu corpo
mesmo que cansada e desesperada
ainda hei de amar.

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