perdi a conta de quantas vezes
me entreguei inteira por amor
e acabei com aquele sorriso
amarelo que desbota folhas
mortas e imprestáveis
para fotossíntese
embotado sonho do bem querer
desarma e ilude verde-flora
desabrocha no perfume doce
trepa como quem ama e rouba
jogando sementes daninhas
ao chão estéril do engano
como me sufoca a dádiva
o mais sarcástico castigo
é ter outro ser apossado
em minhas largas copas
esqueço-me caule e raiz
e jaz apenas sombra no mato
Que belo jardim!!
ResponderExcluirEncanta(dores), os versos
plantados por aqui:
(de)flores minha alma!